23.12.10

09 - HISTÓRIA DA PRAÇA SIEGFRIED ROEWER


A praça central de Canarana, conhecida como Praça do Avião, foi denominada de Praça Siegfried Roewer, logo após a instalação do município em 15 de fevereiro de 1981. Foi o primeiro decreto do primeiro administrador do Município, Luiz Cancian. A homenagem se deve ao fato de Siegfried Roewer ter sido o primeiro presidente da Coopercol – Cooperativa de Colonização 31 de Março Ltda.
A praça se situa na quadra 41 do loteamento urbano do Projeto de Colonização Canarana I implantado pela Coopercol em 1972. A planta da cidade é de autoria do Engenheiro Agrônomo Orlando Roewer, assessor técnico da Coopercol. Ela foi aprovada pela Câmara Municipal de Barra do Garças e sancionada pelo Prefeito Valdon Varjão no dia 18 de agosto de 1976.
O ajardinamento e urbanização da praça foram iniciados em fevereiro de 1978, quando Canarana era ainda distrito de Barra do Garças e o Sr. Marino Schaffer era sub-prefeito.  Por iniciativa da Coopercol, que tinha como gerente o Sr. Guido Afonso Rauber, foi limpado o cerrado existente no local e foram criados corredores com suas laterais sinalizadas com pedras brutas recolhidas fora da cidade. As pedras posteriormente foram pintadas com cal branca para melhorar a sua aparência.
Olhando para aquela praça as pessoas começaram comentar que deveria ser feito alguma coisa para melhorar o seu aspecto. Foi então que surgiu a idéia de se construir um monumento em homenagem aos pioneiros. O Sr. Guido Rauber, após apresentar um projeto que foi largamente debatido pela comunidade, liderou a sua construção. O monumento foi construído sob a forma de três triângulos sobrepostos. O primeiro triângulo lembrando o homem e a mulher que vieram juntos desbravar Canarana em perfeita harmonia, felizes em sua relação com Deus, com os outros e consigo mesmo.  O segundo triangulo simbolizando as três tradições que estavam no sentimento da alma do povo desbravador: o pioneirismo, a fé e a família. O terceiro triangulo terminado em ponta apontava para o infinito indicando que somente permanecendo no Plano de Deus seremos felizes. Toda essa mensagem do significado do monumento foi colocada dentro de um vidro de conserva escrita em três línguas e esse vidro foi misturado ao concreto durante a construção. 
Esse monumento, que foi o primeiro construído na história de Canarana, com todo esse bonito significado, posteriormente foi demolido pelo primeiro administrador do Município, o Sr. Luiz Cancian. Não foi possível resgatar nem mesmo o pode de vidro contendo a mensagem escrita em três línguas.
Na tentativa de recuperar a memória histórica, um monumento com os mesmos moldes foi construído durante a Administração Francisco Assis dos Santos e Eugênio Juventino Tonial. O monumento reconstruído foi inaugurado no dia 15 de fevereiro de 1985.  Agora, 23 anos depois, esse monumento histórico foi novamente demolido. A demolição aconteceu em outubro de 2008 pela Administração Walter Lopes Faria e Marilei Bier.
Outra obra construída pela comunidade na praça central foi uma quadra de esportes. A obra foi feita em mutirão no ano de 1979 e também foi demolida pelo primeiro administrador Luiz Cancian quando assumiu a Prefeitura em 1981.
Em 31 de julho de 1987 foi inaugurado um outro monumento contendo o nome dos 80 pioneiros do Projeto Canarana I. Os nomes foram feitos de metal e preso numa prancha de mármore. Posteriormente os nomes foram sendo retirados por pessoas da comunidade sobrando somente o mármore e em outubro de 2008 o que restou do monumento foi demolido pela Administração Walter Lopes Faria e Marilei Bier.
Em maio de 1981 foi criado o Monumento do Avião por iniciativa do então gerente da Coopercol – Cooperativa de Colonização 31 de Março Ltda, Guido Afonso Rauber. Hoje é o símbolo histórico mais significativo e divulgado de Canarana.
Em 1990 na qualidade de vice-prefeito e secretário de obras, Guido Afonso Rauber idealizou e liderou a construção da passarela situada ao lado do Avião Monumento. Além de servir para possibilitar uma melhor visualização do Avião ela é uma obra de arte que embeleza a praça. Em seus 18 anos de existência a passarela foi um local que proporcionou muitos momentos alegres de encontros de famílias, amigos e namorados. Serviu de palco para encenações na Sexta-Feira da Paixão e foi um dos locais mais procurados para bater fotos por visitantes e turistas vindos das mais diversas partes do mundo.
Na Administração Francisco Assis dos Santos aconteceu a construção da Biblioteca Pública Municipal Castro Alves. Também foi construído o palanque oficial. Posteriormente foi reformado durante a Administração Darci Jesus Romio e em outubro de 2008 foi demolido pela Administração Walter Lopes Faria e Marilei Bier. Para realizar uma reforma na praça Siegfried Roewer,  a administração municipal de Walter Lopes Faria e Nega demoliu o prédio da Biblioteca Municipal construído em 1985, arrancou as calçadas feitas de lajotas, o Palanque Oficial que foi palco de muitos atos cívicos em homenagem ao Município e ao País. Também arrancou novamente o monumento triangular em homenagem aos pioneiros e em dia 16 de outubro de 2008 iniciou a demolição da passarela situada ao lado do avião monumento, que foi construída em 1990. A demolição da passarela foi interrompida através de uma liminar judicial encabeçada pela Fundação Pró-Memória de Canarana e assinada por diversas lideranças da comunidade. Com a retirada da liminar após insistentes pedidos do Prefeito, a passarela foi definitivamente demolida no dia 10 de dezembro de 2008. A partir daí até o final do ano de 2010 a Prefeitura executou um novo projeto para a praça cuja inauguração está prevista para 15 de fevereiro de 2011.     
Última foto batida na passarela - 10/12/08


Primeiro monumento da história de Canarana

Busto de Norberto Schwantes inaugurado dia 18.06.11

       

2 comentários:

  1. Como a praça era linda! Pena que os monumentos históricos não tem o mesmo valor pra todos! Lamentável a demulição dos monumentos da praça. Agora só falta derrubarem o avião também. Espero que pelo menos este seja respeitado!
    Lucimara Wisch

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  2. Pena que não pude conhecer a praça nessa época!

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