A
Feira Livre, que se situava na Avenida Rio Grande do Sul, centro de Canarana,
foi a primeira obra construída pela Administração Darci Jesus Romio e Guido
Afonso Rauber. Sua inauguração aconteceu no dia 13/05/90. A obra contou com uma
verba da Secretaria Estadual de Agricultura, que na época tinha como secretário
o Engenheiro Agrônomo Orlando Roewer. O governador do Estado era Carlos
Bezerra.
O vice-prefeito da época, Guido Afonso
Rauber, além de projetar a feira foi o coordenador dos trabalhos de sua construção.
Segundo ele, a sua construção foi reivindicada pelos hortifrutigranjeiros que
tinham como objetivo formar uma cooperativa de produção e venda de hortaliças
para cidade e com isso necessitariam de um local para comercializar seus
produtos. Naquele ano a Prefeitura incentivou a formação de hortas
comunitárias. Foi com esse apoio que nasceu a horta comunitária do Jardim Bela
Vista, que continua funcionando até hoje.
Além de servir como feira do produtor o
local transformou-se num centro de eventos culturais, políticos, sociais,
religiosos e educacionais. As feiras do produtor eram sempre um grande encontro
da comunidade onde eram apresentados números artísticos pelos talentos locais.
A Feira Livre foi palco de diversos festivais
da canção, carnavais de rua, feiras de ciências, atos cívicos, atos religiosos,
palestras, festas natalinas e encontros políticos. Durante muitos anos a Feira
Livre foi o principal local de encontro da comunidade de Canarana. Um local
acolhedor, livre e aberto para todos. Certamente que no coração de cada
canaranense permanece uma lembrança, uma saudade e um sentimento de tudo de bom
que foi realizado neste local.
Com o surgimento da Feira Nordestina, realizada
todos os domingos no Bairro Nova Canarana, a Feira Livre do Centro não foi mais
usada pelos hortifrutigranjeiros. Ela continuou sendo palco de eventos, mas com
menos freqüência. Em função disso passou a ser freqüentada por andarilhos e
mendigos.
No ano de 2002, com apoio da
Administração Evaldo Osvalldo Diehl, da Câmara de Vereadores e outras
lideranças da comunidade, o Centro Cultural e Artístico iniciou um trabalho
visando transformar a antiga Feira Livre em Feira do Artesão. As lideranças
culturais e comunitárias entendiam que a Feira Livre deveria permanecer neste
local por ser um marco histórico da cidade de Canarana. As obras estavam em pleno andamento e no que
fossem concluídas a Feira seria transformada de novo num lugar cheio de vida.
Além de ser um centro de cultura para a comunidade de Canarana, seria um lugar
visitado pelos turistas, pois ali teria uma exposição permanente dos melhores
produtos artesanais do Município.
Nas obras de transformação da Feira
Livre em Feira do Artesão foram investidos recursos da Prefeitura que custeou a
mão de obra, verbas da Secretaria Estadual de Cultura e recursos do Centro
Cultural e Artístico de Canarana, arrecadados através de campanhas e eventos.
No total foram investidos mais de R$ 50.000,00(cinqüenta mil reais).
Esse projeto, porém, foi interrompido
pela Administração Municipal, tendo como Prefeito Walter Lopes Faria, com apoio
de cinco dos nove vereadores da Câmara. No dia 10 de dezembro de 2005, por
volta das 05:00 horas da manhã, embaixo de chuva, os funcionários da prefeitura
iniciaram a demolição da Feira. Como o Centro Cultural tinha ingressado na
Justiça com uma ação em favor da manutenção da Feira, as autoridades
judiciárias foram acionadas e por volta das 08:00 horas a demolição foi
interrompida.
Posteriormente a Prefeitura Municipal e
o Centro Cultural fizeram um acordo e a Feira do Artesão foi totalmente
demolida ficando no local uma plantação de grama. O acordo foi realizado
através de uma audiência realizada diante do Juiz da Comarca, Dr. André Barbosa
Guanaes Simões no dia 23 de fevereiro de 2006. Representando a Prefeitura
estavam presentes o Secretário de Obras Sadi Turra e o advogado Dr. Alberto
Souza. Do lado do Centro Cultural estavam a presidente Gema Favreto Colling e o
advogado Dr. Rodrigo Manfrói. Como testemunhas da parte do Centro Cultural
estavam presentes Werner Diehl e Domingos Finato.
Ficou acordado diante do Juiz que a Prefeitura iria ceder para o Centro Cultural um pavilhão construído ao lado do Campo de Futebol da Catuense denominado Centro de Comercialização de Artesanatos. Iria devolver os vidros temperados que haviam sido adquiridos para o fechamento de todas as aberturas da Feira do Artesão. Também pagaria uma dívida de R$ 3.500,00(Três mil e quinhentos reais) junto ao Sicredi e iria construir uma réplica das primeiras casas de Canarana ao lado da Sociedade de Damas com objetivo de ser uma feira permanente de artesanato.
Ficou acordado diante do Juiz que a Prefeitura iria ceder para o Centro Cultural um pavilhão construído ao lado do Campo de Futebol da Catuense denominado Centro de Comercialização de Artesanatos. Iria devolver os vidros temperados que haviam sido adquiridos para o fechamento de todas as aberturas da Feira do Artesão. Também pagaria uma dívida de R$ 3.500,00(Três mil e quinhentos reais) junto ao Sicredi e iria construir uma réplica das primeiras casas de Canarana ao lado da Sociedade de Damas com objetivo de ser uma feira permanente de artesanato.
E daí? Ficou assim msm? Ninguém fez mais nada de 2006 pra cá??? Qual a responsabilidade prefeitura em tudo isso? Estou indignada!
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